Pesquise no Blog

Monólogo de Deus!

image

Sou o principio de tudo que há na terra, no ar e nas águas.

Conduzo as forças da natureza

Das marés e das enchentes.

Arrebato os pecados dos que me temem

E sucumbo com os males dos que me buscam.

 

Oriento o vôo dos pássaros

Faço nascer o sol e a lua

Conduzo a neblina, a neve e areia.

Sou mais forte que tudo que você conhece

E justo mais que todos os tribunais.

 

Estou no coração do bom, do mal e do esquecido.

Não adormeço em sono algum

E nem descanso em dia qualquer

Criei e crio maravilhas na terra e nos céus

E vigio incansavelmente minhas criações.

 

Sou arquiteto, poderoso, pai celestial…

Me chamam de vários nomes em comum.

Aos que em mim acreditam dou bênçãos

Mas amo aqueles que em mim não crêem.

Sou uno e indivisível

Mútuo e pluralista

Sou carne e verbo

Fogo e água.

 

És minha imagem e semelhança

Refletida em mil reflexos

Minha maior criação

E minha maior bem aventurança.

 

Homem que em mim se faz

Homem que de mim pede

Homem que de mim faz uso

Homem que erra e acerta

Estou de olho em todos os teus atos

E sempre estou a te observar.

 

És meu filho

Sou teu Deus.

Gripe Suína

O México fez uma série de restrições comerciais e de locomoção no país para evitar o alastramento da ainda alarmante gripe suína, dentre elas destacam-se:

1. Restaurantes de Puerto Vallarta só podem vender no máximo duas doses de bebidas ou 02 cervejas, isso evita que a pessoa fique muito tempo nesses locais de grande aglomeração de pessoas.

2. Aeroportos em estado de alerta em todo o país.

3. Evitar lugares com grande números de pessoas.

 

No Brasil existem suspeitas de casos nos estados do Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Santa Catarina.

Na Bahia um senhor de 40 anos que veio de Miami está hospitalizado em isolamento no hospital Otavio Mangabeira.

 

Que Deus nos proteja de mais essa ameaça!

Saúde no Brasil! Pra poucos e não pra pobres…

 

Louvável ouvir e ver a ministra Dilma Rouseff falar que todos deveriam fazer exames de rotina para prevenir e descobri precocemente possíveis doenças. Rogo que ela se recupere logo desse linfoma.

O que me entristece também é perceber que  que nossa ministra não sabe bem como funciona o sistema de saúde publica do Brasil. Pobre não tem acesso nem a uma consulta digna, quanto mais a exames e check ups. Me pareceu que ela falou somente para os que, como ela, tem acesso a planos de saúde e junta médicas como a que a acompanhava em sua entrevista.

Eu trabalhei por 20 anos em empresas que proviam para mim e minha família planos de saúde, sempre que precisei pude usar com rapidez, hora ou outra tinha algum contratempo, mas nada tão sério. Há dois anos decidi sair do último emprego para tentar carreira solo. Dia desses precisei de uma consulta médica, demorei quase um mês para ser atendido por um ortopedista, outro tanto para fazer um raio X e 5 minutos pra descobrir que a dor que sinto nas vértebras C3,C4, e C5 é fictícia segundo ele. Sendo que há tempos atrás um outro médico, particular, havia me dito que tenho que cuidar seriamente disso. Continuo sendo incomodado por essa ficção, inclusive agora enquanto digito este texto.

Ou fui acometido de um milagre ou de um mal atendimento público. O que vocês acham?

Declaração dos Direitos da Terra

 

image

Fonte Foto: Ecocriações

Artigo I

Declaro que a terra é soberana ao homem em todos os aspectos. A terra não necessita do homem e sim o homem necessita da terra.

Artigo II

A terra deverá vingar-se do homem que a destrói  devido sua ganância e sede de poder. As catástrofes serão avisos  vindos da terra e de todo o cosmos, a quem esta pertence e que a quer preservada. Caberá ao homem entender seus sinais.

Artigo III

A terra tem o direito primordial sobre o mar, as matas, os pássaros,  os minerais que a compõem e sobre o homem que nela habita. Aos animais ditos irracionais pelo homem a terra cuidará,  mesmo que o homem teime em destruir o seu habitat.

Artigo IV

Caberá a terra decidir sobre o fim da humanidade e não ao homem. O sol que a alimenta deverá  queimar com raios nocivos a pele do homem para que este receba de volta o que de nocivo emite aos céus.

Artigo V

Ao homem caberá o repensar sua existência na terra.

Não cabe ao homem sujar, polui, destruir. Acabar com rios, nascentes, florestas, geleiras ou animais.

Não cabe ao homem jogar lixo na mata, no campo ou nos rios.

Como não cabe ao homem querer dela somente o sustento sem doar algo em troca.

Capitulo I

Cabe sim ao homem olha-la como mãe e não como proprietário.

Artigo VI

Ao homem fica reservado o direito de entender a mãe terra. Compreender seus sinais e seus apelos, e desta feita tentar, com atitudes corretas, salvar o que lhe resta.

Capitulo I

A terra permite ao homem o uso sustentado de suas plantas, animais e minerais para busca de curas das doenças, e manutenção da vida e bem estar do homem e animais terrestres, deste que sejam seguido estes preceitos.

Artigo VII

O que está feito não poderá ser redimido ao homem. Este pagará na geração atual e vindouras pelos erros cometidos. Sua vida será atribulada por inundações, ventos, fogo, doenças vindas da mata e ar, além de ataques de pragas e insetos, e ainda por toda espécie de intempérie que a terra tiver que fazer uso para se defender.

Capítulo I

O homem é considerado culpado e terá que pagar pelo seu erro.

Capitulo II

O homem deverá cuidar do outro homem e da terra com mais amor. Porém, somente irá amenizar a situação atual, pois o mal maior ele já fez e por ele pagará, mesmo que seja com penas alternativas que não o seu fim. Ainda assim, muitos morrerão e muitos irão sofrer.

Artigo VII

A terra poderá ter piedade do homem se este mudar sua concepção de vida na terra. Seus sucessores poderão viver melhor se este assim decidir, e a terra enxergar e sentir sua mudança.

Artigo IX

Ao homem a terra deu e manterá o livre arbítrio, porém cobrará com juros pelos maus atos cometidos ou dará em justa igualdade pelo bem recebido.

Artigo Final

A terra não aceitará proposta contra qualquer dos artigos aqui enumerados. Não caberá ao homem questionar a terra, pois a terra está cansada dos argumentos do homem.

Capítulo I

Somente o homem poderá salvar o outro homem.

Capitulo II

A terra irá ajudar o homem a se salvar, se esta for compreendida.

Capitulo III

A terra quer merecer um novo homem e cabe ao novo homem merecer a mesma terra.

FIM

Festival Amazonas de Ópera

image

“Uma jóia da belle époque cravada na selva amazônica. Com este propósito a mais audaciosa iniciativa cultural empreendida no país, que nivelaria Manaus aos maiores centros da civilização ocidental, surge a idéia em 1881 de erigir na cidade com menos de cem mil habitantes não um simples teatro mas um monumento à arte. A proposta original, do deputado provincial Antônio José Fernandes Júnior, de oferecer ao público um local seleto e confortável para atender às solicitações de um refinado senso estético, logo evoluiu para o projeto que ambicionava unir requinte, solidez e longevidade. Tanto que o orçamento sugerido por Fernando Júnior 60 contos de réis foi considerado irrisório pelos demais parlamentares. Foi aprovada pela Assembléia Legislativa emenda que elevada a 120 contos a dotação para a obra, ainda assim insuficiente para a grandiosidade pretendida, pois a imponente e recém-concluída matriz da cidade tinha custado 1.000 contos. A lei afinal sancionada em 1882 pelo Presidente da província, José Lustosa da Cunha Paranaguá, estipulava em 250 contos o orçamento e abria concorrência para a apresentação de plantas. No entanto, a escolha do projeto com o qual a obra seria iniciada a pedra fundamental foi lançada em 1884 obedecia àquela pretensão de refinamento, alentada pela opulência econômica, que dera origem ao sonho de erguer na selva um templo sagrada da ópera.”

Fonte: Site Oficial do Festival de Ópera

Amazonas nu e cru!

image

Me dói postar isso, pois amo minha terra. Mas nosso estado, cantado pelos quatros cantos do planeta pelos nossos políticos como um paraíso sem tantos problemas, não está assim tão maravilhoso como o governo versa.

Vendo as reportagens do Jornal da BAND (nacional) sobre milícias de índios, abandono do povo, falta de policiamento, estradas abandonadas, delegacias e hospitais caóticos, etc. Agente fica com um gosto amargo na boca. Devido as distancias astronômicas que tem nosso estado, nós, moradores da capital Manaus, somos muito alienados do que acontece no interior. Nossa fonte são também os jornais. E outra fonte são as propagandas governamentais e políticas que só mostram flores ou problemas dos “outros”.

Este ano teremos uma cheia talvez maior que a de 1950. Muitas pessoas já estão sofrendo. Casas alagadas, abandonadas. Crianças sem aulas. Manaus deverá ter muitos desabrigados. Nossa favelas serão mais uma vez visitadas por agentes da defesa civil, serão feitas muitas promessas, mas pouco será feito para resolver o problema…ele voltará. Com certeza voltará!

Supremos

[Uma voz] - Vossa excelência!

- Respeito!

[Supremo I] -Sou eu quem decide,

Muda

Revoca

Abdica

Publica.

-Respeite-me!

[Coro] - Sim ser Supremo!

 

[Supremo II] -Reponha-se a sua insignificância

Tenha modos nessa corte

E não corte minhas palavras.

[Coro] – Sim ser supremo!

 

[Supremo I] – Mudem por mim!

Façam por mim

Eu posso, aconteço, mereço!

[Supremo II] – Envergonhe-se!

Suas palavras maculam essa casa

E mancham nossa reputação

Com uma puta reação na TV.

[Supremo I] – Respeite-me, exijo respeito!

[Supremo II] – Me retiro!

[Supremo I] – Fico!

-Fiquem!

Todos na minha sala!

…Votem comigo!

[Cabeças abaixadas;

Unanimidade…]

[Coro] – Burra unanimidade!

[Supremos]- Burro Coro

-Coro de burros

[Coro] - Somos o povo.

[Supremos] – Nosso voto tem poder!

Ponham-se a correr!

Se não gostam,

Desliguem a TV.

Dia da terra

A terra que nos foi dada

Como morada desde o principio

É por nós maltratada e humilhada

Por ganância e ignorância

Sem que dela sejamos verdadeiros

Filhos…

image

O Dia da Terra foi criado em 1970 quando o Senador norte-americano Gaylord Nelson convocou o primeiro protesto nacional contra a poluição. É festejado em 22 de abril e a partir de 1990, outros países passaram a celebrar a data.

Sabe-se que a Terra tem em torno de 4,5 bilhões de anos e existem várias teorias para o “nascimento” do planeta. A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar, tendo a Lua como seu único satélite natural. A Terra tem 510,3 milhões de km2 de área total, sendo que aproximadamente 97% é composto por água (1,59 bilhões de km3). A quantidade de água salgada é 30 vezes a de água doce, e 50% da água doce do planeta está situada no subsolo.

Soneto Deformado

Do rabisco fez-se o risco

E das letras as palavras

Como elos da corrente

Que nos lava a própria alma.

 

Fez-se canto o meu encanto

Que a ti dei de presente

Como hino de saudade

Que cantamos aos ausentes.

 

Posto marca, posto brilho

De amor e de paixão

Seguindo nosso trilho

 

Sendo sonho e emoção

Como sombra de desejos

Tatuando o coração.

Santarém tem a Praia mais bela do Brasil…

image

Alter do Chão, no oeste paraense, é a melhor praia do Brasil. A afirmação é do jornal inglês The Guardian, que publicou ontem uma lista com as dez melhores praias no país, escolhidas por dez especialistas. Em primeiro lugar aparece a praia Alter do Chão, próximo de Santarém, que ficou a frente de outras praias tidas como ‘paraísos terrestres’ como Fernando de Noronha (PE) e Jericoacoara (CE) e praias tradicionais do Rio de Janeiro e da Bahia. A praia vencedora, que fica à beira do rio Tapajós, foi escolhida por Tom Phillips, correspondente do Guardian no Brasil.

A reportagem do tablóide inglês reconhece a dificuldade de escolher a melhor praia do Brasil - que tem 8 mil quilômetros de costa e milhares de praias voltadas ao Atlântico - mas não se furta de atribuir a Alter do Chão o título de melhor praia, classificando-a como a ‘resposta da selva ao Caribe’. Próximo de Santarém, o lugar só se transforma em praia de agosto a janeiro, época de vazante do Tapajós. Quando o volume de água do rio baixa, ficam expostas centenas de faixas de areia.

image

Fonte: The Guardian ( O Liberal-PA)

FELIZ PÁSCOA!

image

A Páscoa em todos os sentidos

Guerra, violência, miséria...
Que bom seria que as pessoas pudessem
Sentir e viver o sentido da páscoa.
Não só nessa semana que se aproxima,
Mas em todos os dias do ano.
Jesus deixou sua simbologia
Seu exemplo
Sua missão
E cabe a nós cristãos
Vivermos as suas palavras.
Não adianta querermos transformar o mundo
Se não somos capazes de transformarmos a nós mesmos.
Nessa páscoa procuremos contagiar as pessoas
Que tudo ainda pode ser diferente
E o será.
Não podemos permitir que as atrocidades da vida
Mudem a nossa forma de encarar
Os obstáculos cotidianos.
Vamos juntos perpetuar o amor
Porque foi através dele que Jesus
Deu o seu testemunho.
Procure amar
Começando a amar a si mesmo.
Porque tudo que há no mundo:
O sol
A lua
As estrelas
As montanhas
O mar
Os rios
A vida
Deus nos concebeu.
Pense nisso!
Feliz Páscoa.

Poema de: Márcio Alessandro de Melo, Cupira-PE

Sábado de Aleluia

image

O Sábado Santo, também chamado Sábado de Aleluia, é o dia antes da Páscoa no calendário de feriados religiosos do Cristianismo. Nas Filipinas, nação notoriamente católica, chama-se a este dia Sábado Negro. O Sábado de Aleluia é o último dia da Semana Santa.

É no Sábado de Aleluia que se faz a tradicional Malhação de Judas, representando a morte de Judas Iscariotes.

No Sábado Santo, é celebrada a Vigília pascal depois do anoitecer, dando início à Páscoa.

Sábado: remonta à Criação, passa pelo Êxodo e vai até ao fim do Apocalipse.

Hoje lembrei de algo de minha infância. Morava em Santarém, era lá pelos idos de 1980. Na madrugada da Sexta-Feira Santa para o dia de hoje, era comum agente prender todas as galinhas, porcos, e outros eventuais bichos que tivéssemos em nossos quintais. Isso porque muita gente saia para cumprir um estranho costume: roubar galinhas(bichos de criação) nesta madrugada.

De onde veio esse hábito, ou mal hábito, não sei ao certo. Mas sei que muitos dos roubados eram convidados para comer de seu roubo no almoço de Páscoa, e iam certos de que aquela ceia era custeada por ele, mas nada dizia.

Hoje se rouba e se mata em qualquer dia e qualquer hora!

O outro lado da moeda!

Apesar de ter lido e ouvido estas mesmas notícias, em outros meios de comunicação, eis aqui um texto que recebi por e-mail e que achei interessante postar:

Sobre o MST: o que a Folha e a UOL não contam...

Por Silvio Sant'Ana
Da Pastoral da Criança e da Fundação Grupo Esquel Brasil

No domingo 29/03/09, a Folha de S. Paulo estampou a seguinte manchete: "MST multiplica entidades para não perder repasses". O texto que segue afirma: desde que Lula assumiu, 43 ONGs que têm alguma ligação com o movimento sem terra já receberam R$ 152 milhões. Em seu site, a ONG "Contas Abertas", estampa também a manchete: "Governo repassa 151,8 milhões a "entidades
ligadas ao MST", ... "muitas acusadas de cometer" ... "graves irregularidades". O levantamento por eles procedido dá conta de 43 entidades "ligadas ao MST". O texto explica que entre 2001 e 2009 foram celebrados quase 1.000 convênios (com todos os tipos de entidades). Como entidades "conhecidas por suas ligações com o MST" estão citadas a ANCA que recebeu 22,3 milhões entre 2002 e 2009, a CONCRAB com cerca de 14 milhões, o ITERRA com quase 10 milhões
etc..  Mas na lista aparece também entidade como a "Cáritas Brasileira" que pelo que se sabe é organismo da CNBB.  Estas 43 entidades receberam entre 2003 e 2009, os 151,8 milhões.  Até aí verdades ... mas,  "incompletas". *As manchetes e textos, por não produzirem uma informação completa, induzem qualquer leitor a pensar que estas entidades são criminosas ou, no mínimo, muito suspeitas de graves crimes; e obviamente, o governo Lula é o cúmplice. Esqueceram de informar, por exemplo, para qual finalidade estes recursos foram repassados; esqueceram de dizer que estes recursos foram ou
devem ter sido usados (até prova em contrário) para realizar ações concretas nos assentamentos de reforma agrária; por óbvio: se este dinheiro tivesse sido desviado, a liderança das ONGs e os lideres do MST teriam sido "crucificados" pelos próprios assentados e não se tem noticia disto.  *Esqueceram de informar que, dos inúmeros processos instaurados (desde o Governo FHC) pela CGU, pelo TCU, ou pelo MP contra algumas destas entidades "acusadas de cometer graves irregularidades" (inclusive da CONCRAB e o ITERRA), 99% dos mesmos já foram encerrados (ou estão sendo encerrados) por não ter sido constatada a existência de qualquer tipo de desvio ou de malversação do dinheiro público. E é bom lembrar que para o TCU um desvio é, por exemplo, usar um recurso para comprar "material de consumo" quando no convenio se programou comprar "material permanente". Já houve condenação de Prefeito por ter construído 15 Km de esgoto quando o convenio estabelecia a meta de 10 Km. Isto sem contar
com o "espírito de protógenes" que "baixa" em muitos dos auditores do TCU e da CGU que vêem "crimes gravíssimos" baseados em suas suspeitas e ilações de todo tipo que, após exame independente (em geral do judiciário) se mostram absolutamente insubsistentes. Esqueceram de dizer que na lista de casos que eles estudaram e "demonstraram" a existência de ligações entre algumas entidades e algumas lideranças do MST incluem convênios desde 2001, e que com aquelas entidades a soma dos valores conveniados atinge 74 milhões (e não 151,8).  E óbvio, esqueceram também de lembrar ao leitor o fato que não é pecado nem crime ser líder do MST ou de uma entidade ou ser líder do MST e dirigente de uma entidade ao mesmo tempo.
É público e notório que existem, no mínimo, 230.000 assentados (período FHC e Lula); no mesmo período, 24 milhões de hectares desapropriados. Por outro lado, o MST reconhece que está organizado em 24 estados e segundo ele, existem cerca de 130.000 acampados e 370.000 assentados (parte dos quais tiveram origem nas ações do MST e com os quais, provavelmente, o movimento e suas lideranças mantêm articulação). Esqueceram de informar que isto não é nem infração nem crime. Esqueceram de anotar (em nome da "transparência" e das "contas abertas"), que 152 milhões divididos por "mil convênios" resultam em média, pouco mais
de R$150.000 por convenio; que este valor foi repassado durante sete anos, o que significa pouco mais de 21 milhões/ano, para atender centenas de assentamentos de reforma agrária distribuídos em 27 estados do País. Se "contas abertas" tivesse observado também os acordos do INCRA com governos estaduais (e as EMATER, entidades públicas dos estados), veriam que o custo anual por família assistida (para atividades semelhantes as desenvolvidas pelas ONGs "ligadas ao MST") é de cerca de 120-150 reais (média). Se o governo fosse "conveniar" (pagar a EMATER), teria gasto então cerca de 370.000 x 130 = 48 milhões por ano (só para atender os assentamentos originados nas lutas do MST). Ainda que limitássemos nossas estimativas aos assentamentos do período FHC-Lula (230 mil famílias), o valor de ATER alcançaria 29,9 milhões/ano.
Além disto, não mencionam que muitos dos convênios celebrados (com estados ou ONGs) incluem também transferência de recursos para investimentos em agroindústrias, instalação de ilhas digitais, a construção de infraestruturas individuais ou coletivas (incluindo escolas), máquinas e equipamentos de uso comum nos assentamentos,  o que pode elevar este valor médio a mais de R$ 1.000,00/família. Fica claro que não há muito espaço para corrupção (a não ser que os custos das EMATER estaduais estejam também superestimados para fins de corrupção). Finalmente, a terminologia utilizada tanto pela Folha quanto pela ONG desinforma; é imprópria e hostil. Levantam suspeitas de modo insidioso: "apresentam fatos" (só "metade das verdades") e deixam a impressão de que existe uma quase "conspiração" ou a "formação de quadrilha" para assaltar os cofres públicos e financiar atividades ilícitas. Para comprovar as "ligações entre o MST e as entidades" mencionam nomes de pessoas "citadas" como dirigentes do MST e ligadas às entidades" (ou vice versa).  Numa lista de seis páginas (com todos os convênios celebrados), tem perolas do tipo "citado pelo relatório da CPMI pelo Dep. Lupião, como dirigente da CONCRAB", como se isto fosse algo "perigoso", criminoso (ou quase). Ora se a pessoa é dirigente de uma organização, é facilmente comprovável por atas e registros. Mais ainda: se a CONCRAB têm convênios assinados com o Governo, o nome dos seus dirigentes deve constar nos processos e nos acordos. Ao colocar que a vinculação foi "citada pelo Dep. Lupião" (relator de uma CPI!), deixa transparecer, levanta a suspeita, que a informação estava "escondida", muito provavelmente, e, no contexto das acusações, com "segundas intenções".  Sem contar que entre nomes "citados como dirigentes" reconheci um que é especialista famoso em estudos da Bíblia. Ora não é porque a ONG "Contas Abertas" tem seu site na UOL, recebe apoio financeiro da UOL e trabalha seguidamente com jornalistas da Folha, que ela pode ser acusada ou caracterizada como sendo "vinculada" ao grupo Folha (ou acusada de manter, com este grupo, atividade "suspeita" ou "imprópria"). Usando a lógica dos responsáveis pela matéria, esta "vinculação" estaria "evidente" (comprovada inclusive pela ligação com a rede internet[1]) e permitiria a qualquer um perguntar a quem serve "contas
abertas?". Mas eu reconheceria também que não é crime "manter vinculações com o grupo Folha".
Muitas entidades foram constituídas e são ligadas aos movimentos sociais aos assentamentos que incluem assentados de origem do MST, mas também de uma dezena de outros movimentos e sindicatos/federações de sindicatos, além dos "assentados" de projetos de colonização, regularização fundiária etc. E estas entidades existem porque há uma luta já antiga pela reforma agrária (que não é exclusiva do MST) e também porque os governos dos últimos 10-15 anos (pré-Lula) decidiram que este tipo de trabalho (assistência aos agricultores pobres) deveria ser descontinuado (ou privatizado).
Nunca havia lido uma peça de desinformação tão completa. A Folha e a ONG "Contas Abertas" se prestaram a um trabalho de desqualificação e criminalização de entidades. Faz coro com o "denuncismo" conservador. Pode ter sido imperícia.  Podem ter ganhado pontos com a oposição ao governo atual e junto aos grupos conservadores que querem impedir avanços sociais. Perde a cidadania que passa desacreditar em tudo, inclusive de si mesma. Perderam com aqueles que acreditam ainda em jornalismo sério.  Mas - o pior - é que, como o tempo vai desmenti-los, todos terão perdido.  Pena.

[1]É irônico, pois para comprovar a "vinculação" do MST com uma entidade, os autores da matéria citam prestação de serviços por abrigar site, ou menção de apoio no site do MST.

Autor:

Igor Felipe dos Santos – Assessor de Comunicação do MST

www.mst.org.br

Sexta-feira da Paixão ou Diversão?

figueira_calvario-1.jpg

Fonte da foto: Capotei

 

Por que será que dias de hoje

Semana Santa não mais é

Semana de Reflexão ?

Por que será que nós, irmãos

Não damos valor a tudo que Cristo

Fez por nós ?

Se até bem pouco nossos pais

Nosso avós.

Oravam e adoravam

Redimiam-se e jejuavam,

E faziam valer esta Semana de Amor,

Amor de Cristo para conosco.

 

Hoje saio na rua, na Sexta-feira Santa

E no lugar da oração encontro diversão.

No lugar do silêncio de antes

Encontro o barulho de hoje.

 

Será que esquecemos de Deus

Ou achamos que Ele não tá nem ai

Pro nosso jeito de encarar tudo que Ele por nós fez?

Afinal é mais um feriado prolongado,

Pra ir a praia,

A discoteca,

Ao motel,

Ao balneário.

Ir encontrar diversão.

Deus nos quer felizes certo ?

Mas será que tudo isso

Nos torna felizes mesmo?

Felizes sem o amor de Cristo,

Sem a oração e o perdão,

Sem a crença e a vivência.

Eu acho que não !

Mas quem sou eu ?

Apenas um entre tantos irmãos.

Que como você

É filho de Deus

Por quem Cristo viveu,

Morreu e ressuscitou.

E hoje tornamos a mata-lo

Ano após ano,

Dia após dia,

Tirando Dele o prazer de nos ter

Ao menos na sexta feira Santa

Que parece não valer mais nada,

É um dia como outro qualquer.

 

Mas pra Deus vale muito

Pois na Sua Onisciência Suprema

Ele nos espera.

Talvez não nesta,

Pois já nos programamos para ir a algum lugar “legal”,

Mas noutra Semana Santa de nossas vidas.

Vida que não é eterna aqui na terra

Vale a pena lembrar !

Mas que podemos faze-la ser

Junto do Pai.

Acredite irmão!

Proibição do Fumo

Cidades no mundo todo estão banindo o cigarro de vários locais, onde os fumantes “fazem” as pessoas que não fumam respirar a fumaça de seus cigarros, tornando estes, fumantes passivos. Que, segundo pesquisas, tem as mesmas ou até mais seqüelas que os fumantes ativos.

Quais os males dessa proibição?

Sinceramente, como fumante condicionado que sou; ah sim, explico, só fumo quando bebo alguns copos de cerveja, geralmente do quinto em diante; eu sou plenamente a favor, pois luto para parar com esse vício há alguns anos, e sempre recaio pelo fato de ter alguém fumando próximo. Se não tem ninguém fumando eu praticamente não sinto essa vontade, mas basta ver ou sentir o “cheiro” da fumaça e lá vou eu comprar um maço ou pedir um cigarrinho de alguém. Vícios ruim admito, os dois: de fumante e de pedinte.

Ótima lei!

Yebá Burôh

P1050548

Foto: Poeta Xico Branco

Dia 04 de abril, último sábado, apresentamos novamente a Peça Teatral Yebá Burôh, A Índia Velha do Universo-, de Douglas Rodrigues e que conta a história da criação do mundo na visão da etnia dos índios Dessanas, pelo Grupo de Repertório Arte&Fato, o qual faço parte.

Ano passado no 5 Festival de Teatro da Amazônia, realizado em Manaus, no Teatro Amazonas, ela foi ganhadora dos prêmios de Melhor Direção, Figurino e Som.

Num dos diálogos entre Mandegá (Sol) e Coadé (Lua), que apaixonados tem que renegar ao amor, em função de um cuidar do dia e outro da noite, existe uma das frase fortes do texto:

“-Vamos deixar o mundo existir”

Essa frase foi ilustrada por um dos Jurados, como sendo '”uma das mais belas e fortes que ele já ouvira até então”, nos muitos anos de teatro que este tem.

Temos na cultura indígena desse país, mitos e lendas tantos, quantos os Grandes Mitos Gregos e Romanos, mas poucos os conhecemos, pois muitos de nós os deixa de lado por serem: “coisa de índio”.

Este ano estamos trabalhando a montagem de Jurupari, de Márcio Souza, uma peça dita Maldita por muitos, pois mexe com o mito maior de muitos de nossos índios. Talvez eu participe dessa montagem como ator, ou não. Mas com certeza estarei lá para prestigiar.

Para saber mais:

http://grupoarteefato.blogspot.com/

Contramão

No mundo de minha vida

A tua porta se fechou…

Fomos pegos pela distância

De um amor que se apagou.

 

Não quis que assim fosse

Mas o querer não nos quis assim

Paramos na contramão da vida

Olhando um passado, feito sem fim.

(…)

Então na decisão cruel

Da vida nossa desenganada

Seguimos postos em silêncio

Andando sozinhos, sendo nada.

A Crise, por Selvino Heck

image

Estes dias, surpreendentemente, o Jornal Nacional fez ampla reportagem sobre o que está acontecendo na Califórnia, o Estado mais rico dos Estados Unidos, que, fosse país, seria o quinto mais rico do mundo. E mostrou o que chamou de cidade das tendas: um imenso acampamento de pessoas desempregadas, desalojadas de suas casas, vivendo debaixo de lonas, de barracas de praia ou de qualquer coisa que se pudesse chamar de casa. Até mostraram uma invenção dos pobres americanos, uma barraca sobre rodas, permitindo mobilidade para ‘morar’ em qualquer lugar. Só faltavam mesmo as lonas pretas para ser um típico acampamento de sem-terras brasileiros.

As pessoas foram sendo entrevistadas e falaram de seus dramas. Há os que perderam o emprego e não tem mais como sustentar a família; há os que não puderam mais pagar as prestações de suas casas e tiveram que abandoná-las; os que empenharam todas as suas economias em bancos que faliram e tiveram que largar tudo, acampando no primeiro lugar que encontraram, onde pelo menos têm vizinhos, também acampados.

Como o acampamento vinha recebendo mais ocupantes a cada dia, as imagens de televisão rodando o mundo, dias depois apareceu, em outra reportagem, o governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger dizendo que ia tomar providências. Anunciou que iria retirar as pessoas, tal como tantas vezes se viu e eventualmente ainda se vê no Brasil.

A crise é mesmo muito forte. No quarto trimestre do ano passado, houve uma retração de 6,4% da economia americana. O governo americano já injetou - assim como governos europeus e o japonês - trilhões de dólares em bancos e imobiliárias à beira da falência, em montadoras como a GM e a Ford, ameaçadas de concordata. E não se anuncia no horizonte, pelo menos no curto prazo, uma luz no fim do túnel.

Luís Nassif publicou em seu blog uma mensagem esclarecedora, com o título A CRISE AO VIVO: "Nassif, aproveito o espaço para descrever um Estados Unidos como nunca vi. Há cerca de 20 anos vou para os EUA ao menos duas vezes ao ano, mais especificamente Califórnia e New Jersey. Voltei ontem de New Jersey e fiquei aterrorizado. A crise que se comenta no Brasil aqui é muito maior do que se imagina. Para se ter uma idéia, sempre fico no hotel Hyatt, que tem cerca de 400 quartos. Apenas 15 (QUINZE) estavam ocupados. Nunca vi isso, esse hotel sempre teve muita ocupação, normalmente minha reserva tinha de ser feita com pelo menos 30 dias de antecedência para garantir a disponibilidade. Uma rápida conversa com um funcionário do hotel deu a medida: cerca de 1/3 do pessoal já foi dispensado, e se esperam mais demissões a curto prazo. Ainda segundo ele, oficialmente não se fala em fechamento, mas os funcionários estão com medo que aconteça, mesmo que temporariamente.

Para o encontro que tive, um dos representantes não apareceu (o da Califórnia). Por incrível que possa parecer, porque cortaram emergencialmente todas (TODAS) as verbas de viagem da empresa. O representante local (de New Jersey), que compareceu na reunião, me passou que, dos quase 500 funcionários, 100 já foram dispensados. Despediu-se dizendo que sempre foi um prazer se encontrar comigo e torcia para que não estivesse na próxima lista de dispensas. Um executivo francês que estava no hotel se disse impressionado, pois no vôo da França para os EUA a classe executiva tinha apenas cerca de 10 assentos ocupados, e 4 deles eram de uma família que voltava de férias.

Passando no shopping (costumo ir no Riverside Square), o cenário é desolador. Não só o shopping estava vazio em pleno sábado à tarde, mas várias lojas fecharam, várias mesmo. Conversando com as pessoas em geral, é latente a sensação de desânimo e de falta de esperança. E só se fala nisso, é deprimente.
Voltei pra o Brasil com a sensação que aqui a crise está sendo uma marolinha mesmo. Mas também fiquei com a dúvida: será que a coisa vai ficar só assim mesmo, ou ainda iremos sentir reflexos maiores desse estado de torpor que assola a economia americana. Oxalá... Viva a marolinha!" Assinado: Doug.

Pronunciamentos e análises se sucedem na reunião do G20, com a presença do presidente Lula. O relatório da Comissão de Desenvolvimento Sustentável, instituto independente de assessoria do governo britânico, procura separar ‘prosperidade’ de ‘crescimento’, pedindo aos governos um sistema econômico sustentável que não se apóie em um consumo sempre crescente.

Malow Brown, principal negociador britânico para a cúpula do G20, diz: "Veremos após a crise uma recalibrada no estilo de vida, toda uma nova visão de futuro de um mundo menos conduzido pelo consumismo, talvez com o acréscimo de um mundo no qual o poder tenha algo mais bem distribuído".

Segundo Pascal Lamy, Diretor Geral da Organização Mundial do Comércio, ‘o modelo de capitalismo que conhecemos nos últimos 50 anos não se sustenta. A questão fundamental é saber se há que readaptar, arrumar ou reformar o capitalismo ou se é preciso ir além, ser mais profundo nas mudanças e ir mais fundo nos retoques."

O presidente Lula escreveu em artigo publicado no Le Monde: "É chegada a hora da política e de restabelecer o papel do Estado. Mais que uma grave grise econômica, estamos diante de uma crise de civilização. Ela exigirá novos paradigmas, novos padrões de consumo e novas formas de organização da produção. Precisamos de uma sociedade onde homens e mulheres sejam sujeitos de sua história e não vítimas da irracionalidade que imperou nos últimos anos".

Os sem-terra e os sem-teto americanos levam a refletir sobre o tipo de desenvolvimento legado pelo neoliberalismo e sobre a estrutura e valores da sociedade capitalista. Não dá mais para fugir da discussão de um novo modelo, com outros parâmetros, organização e valores. Ou como muitos de nós vêm dizendo faz tempo: está na hora da construção coletiva ‘de um outro mundo  possível’.

* Assessor Especial do Presidente do Brasil

Coordenador do Thaler Nacional