Ainda comentando nossa viagem para Santarém e Alter do Chão, coloco mais algumas fotos. Desta vez da cidade. Junto faço alguns comentários de coisas que observei.
No geral Santarém está muito bonita. Ruas foram asfaltadas; um viaduto, onde era o antigo trevo do aeroporto, Rodovia Fernando Guilhon, BR-163 e Avenida João XXII; foi construido e melhorou muito o fluxo de veículos, mas aumentou demais o trafégo na Avenida Irurá e João XXIII, que hoje são bastante movimentadas.
A cidade está bem servida de coleta de lixo urbano, como em Alter do Chão. A empresa “Clean” é responsável por esse serviço; apesar de ter assistido uma reportagem na TV sobre uma lixeira viciada no bairro do Aeroporto Velho, dou nota 8 para a limpeza da cidade. Existem lixeiras por toda parte. Na orla do Rio Tapajós e na área central, que cresceu bastante, é tudo muito limpo. o Transito é meio confuso, mas fácil de ser assimilado.
Nota negativa no centro dou para alguns prédios históricos que estão, como aqui em Manaus, abandonados e se ruindo. A Praça do Mirante, que fica no centro, ganhou uma escadaria nova que liga à Av. Tapájós facilitando o acesso de turistas e do povo local. Nessa praça vi duas coisas que não me agradaram; o banheiro masculino com vazamento e muito sujo; e a placa de inauguração, na entrada da escadaria, com várias pixações. No mais a praça está muito bonita e limpa.
A antiga prefeitura, que fica na Avenida Tapajós; na Praça de São Sebastião, virou um belo museu. Lá estão os restos da baleia Minke que morreu no rio Tapajós em 2008. Fora outras raridades da história da região e dos índios Tapajoaras ( Tupaius). Consegui fotografar um “muiraquitan” original, que é considerado um dos amuletos mais raros do mundo nos dias de hoje.
A Igreja da Matriz de Nossa Senhora da Conceição continua linda. Lá pode ser visto, além dos túmulos de Don Amando, Don Thiago e Don Lino ( ex-bispos da cidade ), uma raridade histórica: a Cruz de Von Martius, que foi enviada em 1848 pelo próprio pesquisador em agradecimento por ter sido salvo de uma tormenta no Rio Amazonas. A Cruz é considerada um dos objetos mais valiosos da escultura sacra mundial. Toda em Bronze, com o detalhe de Jesus está olhando para o céu ainda vivo e não morto, como é comum em cruxifixos.
No mercado você pode comer um PF por R$ 5,00, com típico sabor de comida caseira e pratos variados. Além de um vasto comércio de barracas e lojas com preços muito atrativos.
O Teatro Vitória está sendo restaurado e deverá se tornar um outro atrativo da cidade. Foi construído em 1895, pelo Engenheiro francês Maurice Blaise. Com capacidade para 500 expectadores, era um palco vivo de grandes espetáculos; como é até hoje nosso Teatro Amazonas, em Manaus.
Minha rua continua esburaca, aliás as duas que morei. Na Avenida Magalhães Barata (conhecida como Rodagem), a parte que vai da Av. João XXIII até o fim do Morro do Sapo, onde era nosso antigo sobrado, está toda destruída por buracos. A Travesa Agripina de Matos, onde vivi dos 9 aos 20 anos, continua sem asfalto e com o mesmo ar bucólico, mas muito mais vazia na área onde morei, entre a Av. João XXIII e o Terminal Rodoviário.
No mais gostei de rever minha terra natal e amada. Continuarei minhas observações num próximo post.