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BRINCANDO DE FIGURAS




Sou elipse por enquanto
E agora, zeugma
E polissíndeto.
Já sou assíndeto neste momento
E no mesmo momento momentaneamente sou
pleonasmo
É melhor, melhor é ser iteração, não
Melhor mesmo é ser anáfora.
Mas, senhor, mudarei para anacoluto.

Hipérbato, pensando bem, um tom diferente dá
Porém, como meu bem, aliteração também cai bem.

Não! Vou mudar! Voltarei a ser a antítese que sempre
 fui.
Ser e não ser, eis a questão ironizada.

Virarei, mundo louco, um apóstrofe.
Tentarei cantar,  falar, sussurrar, gemer que agora sou
Gradação.
Até meus cabelos estão a cantar, virei prosopopeia
Meus cabelos são cantores na metáfora.
E da metonímia só direi que em antonomásia sou o
poeta da ocasião.
O poeta do momento no eufemismo é igual a você
um sonhador.

E por fim serei milhões de poetas num só quando for
 Hipérbole.
( Melhor poesia em 1999, Revista Nacional Brasília, Destaque)

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