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Aqui nessa minha terra
Que tanta beleza encerra
Venho certo lhe narrar.
Nisso que vou contar
Tem verdades e certezas
De um caboclo singular.
Dia desses lá pelo rio
Ouvi um alto assobio
De um bicho a me chamar.
Pensei ser a curupira
A que anda sem mentira
Querendo-nos aprontar.
O silêncio veio em riste
E parece por despiste
Eu fiquei sem respirar.
Ouvi então um remanso
Olhei pra trás vi um ganso
Na lagoa a revoar.
Levava no bico um boto
Enorme feito um cabôco
Que tava a se transformar.
Quando rápido feito um raio
Ouvi num galho um papagaio
Dizer preu me mandar.
Taquei na água o remo
Sai dali quase correndo
E em casa pude chegar,
Já entrando casa adentro
Vieram filho e mulher querendo
Saber o que é que há.
Eu ainda sem falar
Segui direto pro pote
Peguei um caneco
Pra sede saciar.
Quando pude respirar
Olhei para eles assustado
E disse: Vejam se pode
Escapei agorinha mesmo
De comida de ganso virar!
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