Sou Mocorongo com orgulho. Como explica brilhantemente o Prof. Wildes Dias da Fonseca, em sua obra “Santarém: Momentos Históricos”, 4 ediçã, as páginas 148; Mocorongo é quem nasce em Santarém do Pará, como eu.
Por muito tempo ouvi pessoas dizendo que num queria ser chamado de mocorongo porque era algo pejorativo; que significa no sul do país, dentre outras coisas, uma pessoa preguiçosa, matuta e “caipira”. Pois bem, hoje todo paulista se orgulha de ser chamado de caipira. Termo incorporado pelos cantores do ritmo sertanejo no meio social e na mídia. Sertanejo, que também é outro termo antes tido como inferior é hoje motivo de orgulho e nome de ritmo das modas caipiras. Isso mostra como o que antes soava como feio, amanhã pode soar como belo e prazeroso.
Mocorongo, em alguns dicionários figura como sinônimo de caipira e vice-versa. Mas todos eles figuram também o termo como “nascido em Santarém do Pará, ver Santareno”. Ou seja, hoje não há porque termos vergonha de sermos Mocorongos. Por isso digo e repito: Sou Mocorongo com muito orgulho.Pois, quer sejamos mocorongos, caipiras, sertanejos, bregas, etc; devemos ter orgulho do que somos.
Um bom mocorongo tem em sua casa muitas plantas, um belo quintal, muitas árvores frutíferas; uma criação de galinhas, patos e capotes. Uma boa taberna na esquina da rua. Deve amar suas belas praias de rio, seus rios que namoram na frente da cidade e seus peixes saborosos. Adora pescar, fazer piracaia e tomar açai. Come bastante farinha da boa. Sabe dançar um bom brega pop como ninguém. Tem uma bicicleta em casa ou uma moto. Possui terreno em alguma colônia ou nas comunidades próximas da cidade. Sabe cantar as músicas de sua cidade e diz com orgulho singular que não há lugar no mundo como a bela Santarém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário