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Olá amigos…

Tenho escrito muito pouco no blog ultimamente, é verdade. Amigos tem me cobrado isso e reclamando que só tenho feitos posts surrupiados ou de coisas que recebo por e-mail. Muitos dizem: “poxa, você escreve tão bem, por que parou de escrever no seu blog?”. Isso tenho ouvido, lido, enfim; aqui, acolá, alguém me alfineta essa observação construtiva. Digo que não escrevo bem coisa nenhuma, sou apenas criativo com as palavras e ideias (sem o acento viu…rsss ), mas ainda cometo muitos pecados com nossa linda língua portuguesa. Defeito crônico e mal costume mesmo. Talvez seja uma vítima do internetês, ou quem sabe, da “preguiçês” que ando tendo de ler minha gramática. Falando nisso, abandonei a velha companheira e comprei uma nova,  do Evalnido Bechara. A antiga, que estavava comigo desde 1986, era de Ulisses Infante. Esta foi destroçada pelo novo Acordo Ortográfico.

Poesias faz meses que não escrevo nehuma. Crônicas também não. Contos nada. Meu romance “Teoria da Escuridão”, está como o próprio nome, na escuridão da falta de criatividade. O último que escrevi, e primeiro que me arrisquei a escrever (que antagonismo), ainda anda por ai participando de concursos e editais. Pra quem tenho falado dele querem logo uma cópia para ler, mas ainda num posso, pois existe algo chamado “ineditismo” que o deixaria fora desses concursos.

Pra descontrair um pouco, vamos “brincar de figuras”:

 

Sou elipse por enquanto

E agora, zeugma

E polissíndeto.

Já sou assíndeto neste momento

E no mesmo momento momentaneamente sou

pleonasmo.

É melhor! Melhor é ser iteração. Não!

Melhor mesmo é ser anáfora.

Mas, senhor, mudarei para anacoluto.

Hipérbato, pensando bem, um tom diferente dá.

Porém, como meu bem, aliteração também cai bem.

Não! Vou mudar! Voltarei a ser a antítese que sempre

fui.

Ser e não ser, eis a questão ironizada.

Virarei, mundo louco, um apóstrofe.

Tentarei cantar, falar, sussurrar, gemer que agora sou

Gradação.

Até meus cabelos estão a cantar, virei prosopopéia

Meus cabelos são cantores na metáfora.

E da metonímia só direi que em antonomásia sou o

poeta da ocasião.

O poeta do momento no eufemismo é igual a você

um sonhador.

E por fim serei milhões de poetas num só quando for

Hipérbole.

 

(Xico Branco, 1987 – Santarém – PA)

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