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Desabamentos: Questão de Moradia Digna!

Vendo as últimas tragédias no Rio de Janeiro, especificamente em Niterói, onde foi algo aterrorizador, fico em minha mente buscando soluções para evitar que o povo habite locais de tanto risco. Aqui em Manaus, onde vivo, temos centenas de morros e encostas habitados, onde a população faz suas casas, os políticos aparecem com asfalto, luz e algumas outras benfeitorias e ali nasceu um bairro, geralmente batizado com nome de algum desses políticos. Temos aqui bairros inteiros feitos em locais onde jamais poderia-se haver uma única residência.

Como evitar isso?

Não sou engenheiro, não sou especialista, mas como escritor e poeta que sou me permito dar minha singela opinião. O povo, do qual eu e você fazemos parte, quer queiramos ou não, sempre vai lutar por um lugar ao sol para construir sua tão sonhada casa própria. Se o poder público agir com agilidade, tecnicidade e adiantamento de ações, tudo pode ser evitado. 

Todos temos CPF e RG -ou quase todos - e podemos ser identificados e cadastrados. Estamos na era da informatização, dos bancos de dados confiáveis. Cada vez que uma invasão de área fosse identificada bastaria cadastrar seriamente todas as pessoas e confrontar os dados para identificar possíveis aproveitadores – que sempre tem –. Para os que realmente não tivessem onde morar, bastaria encontrar uma área disponível – algo que aqui temos bastantes, estamos na maior floresta do mundo – e neste abrir ruas, colocar esgotos, luz, água, e todas infra-estrutura necessária para ali haver uma comunidade e repassasse estes terrenos para as pessoas a custos bem reduzidos – dentro de suas possibilidades – para que eles mesmo construíssem suas casas – eles iriam mesmo construir na área invadida, melhor que construam numa área planejada-. Poderia-se também abrir créditos para comprar de material de costrução, até mesmo a fundos perdidos. Tanta gente graúda tem acesso a esse tipo de crédito, por que os pobres também não terem?

A união de moradores para acesso a sistemas como o “Minha Casa, Minha Vida” também é uma solução, mas este sistema ainda é muito burocrático, tenho o exemplo aqui na associação de moradores da qual faço parte. Temos todas a documentação, somos cadastrados no programa, temos as pessoas que moram em beira de barranco, mas não conseguimos uma área para construir. Ou seja, ainda temos nesse país a má vontade de muitos contra o sonho de outros.

Dinheiro tem e muito. Nosso país é rico. Nosso presidente fala que seremos em breve a quinta economia do mundo. Algo que não bate com a realidade de nosso povo. De que nos adiantará sermos um dos mais ricos, se esta riqueza estará na mão de meia dúzia de “espertos”? Será que isso lhes causa orgulho? A mim causa vergonha.

Nosso país é tão rico que cada pessoa que fosse se registrar num cartório deveria ser perguntado: Vocês já tem casa própria? Em a resposta sendo “não”, deveria-se ali abrir critérios para que aquela família recebesse a sua casa, lógico, critérios sérios.

Soluções temos aos montes, basta nossos engenheiros, nossos intelectuais, nossos jornalistas, nossos poetas/escritores, nosso povo, se unir e cobrar isso desse país tão rico. Nós merecemos esta riqueza, nós merecemos nossa parte do bolo.

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