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Poema de Carol de Abreu

À ALMA PRANTEADA

Que me erre,
coração dolente,
derramando na chuva,
uma alma ausente.


Que me aceite estragar-se ao vento,
cruzar em meio a um tempo,
que não se sabe aonde chegará.


Que do contentamento fez-se o lamento?
Oh, que me fez um mar incerto?
Acalentou-me diante do alento?


Como fez-me ao agro um ser impaciente?
Que inferno fez-me às melodias!
Procurou atribuir enganos ao inconsciente
e no olho ardendo uma gota à rosa.

Carol de Abreu
10/07/08

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